Cristo, Repartido no Pão, se torna presente na nossa comunidade em muitas maneiras, o Bruce será consagrado padre, capaz de consagrar o pão e o vinho; as nossas crianças receberão pela primeira vez o pão da vida eterna. Entre a Eucaristia e o Sagrado Coração de Jesus não há diferença: é o mesmo amor, é a mesma bondade. O Coração Sagrado de Jesus reparte conosco sua vida, seu amor, sua misericórdia. Lembro as palavras do nosso Hino Sagrado Coração do teu Povo:
“Reparte o pão, reparte o amor, reparte a vida em comunhão
Reparte a paz, reparte a fé, reparte a vida no perdão
Porque também o nosso amor seja sagrado, como é sagrado o teu…”
Cabe a pergunta: porque Jesus nos deixou a Eucaristia?
Podemos responder de maneira tradicional, dizendo que a Eucaristia é o pão do céu, e o alimento para nossa alma, o pão da vida eterna. Mas a resposta que considero a mais verdadeira e importante para nossa vida é esta: a eucaristia é o sacramento que opera uma transformação naquele que a recebe. Comungando a gente se torna semelhante a Jesus. Ela gera em nós um coração de carne, capaz de amar e perdoar; ela gera em nós o amor pela verdade e nos torna mais coerentes; ela gera em nós a compaixão, que é a capacidade de entender a situação de quem sofre e lutar para um mundo mais justo e fraterno; ela gera em nós a comunhão como estilo de vida, isto é a capacidade de olhar para realidade não do meu ponto de vista apenas, mas do ponto de vista de todos, do bem comum.
Participar da eucaristia não significa só comer a hóstia consagrada. Participar da eucaristia significa celebrar o mistério do amor de Cristo que deu sua vida por nós. Em pratica é participar da Missa, em todas suas partes, sendo parte da comunidade e não mero espectador, ouvindo e praticando a Palavra, vivendo a partilha porque todos somos responsáveis.
Volto aqui a questionar o católico que participa da missa todo domingo em lugares diferentes, qual a sua comunidade? Não seria uma forma de fugir da responsabilidade de construir uma comunidade? Jesus opera em nós o processo de transformação quando não apenas vamos a missa, mas quando participamos de um verdadeiro processo de comunhão, aceitando os sucessos e os fracassos da nossa comunidade, aceitando os desafios, os sonhos; enfim sendo parte de um processo onde o ser-individuo deixa de ser “individualista“ para se tornar um individuo “ser em comunhão”.
A Eucaristia é o sacramento da comunhão onde muitos se tornam um só corpo. Ser comunhão é ser sagrado. Eu sou sagrado, eu sou feliz!